quinta-feira, 3 de novembro de 2016

QUALIDADE DE SILAGEM DE PLANTA INTEIRA DE MILHO



Revisão de literatura


                                                                                     Mestranda em Agroecologia:
Silvane de Almeida Campos - 75631

  
Viçosa-MG
Junho de 2014
SUMÁRIO



1. INTRODUÇÃO........................................................................................................... 3
2. SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES................................................................................ 4
2.1 Escolha da cultivar...................................................................................................... 4
2.2 Processo de ensilagem................................................................................................. 7
2.2.1 Ponto de colheita da forragem................................................................................. 8
2.2.2 Equipamentos utilizados na colheita........................................................................ 9
2.2.3 Tamanho da partícula ensilada............................................................................... 10
2.2.4 Dimensionamento do silo....................................................................................... 11
2.2.5 Enchimento e compactação do silo........................................................................ 11
2.2.6 Vedação do silo...................................................................................................... 12
2.3 Tempo de armazenamento da silagem....................................................................... 12
2.4 Abertura do silo e retirada da silagem....................................................................... 13
3. Métodos utilizados para avaliação da qualidade da silagem....................................... 13
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 16
5. LITERATURA CITADA........................................................................................... 16



1.      INTRODUÇÃO
De acordo com dados estatísticos do IBGE (2012), o Brasil possui 211 milhões de bovinos, representando o maior rebanho comercial do mundo. Destaca-se ainda como o maior exportador de carne bovina fornecendo o produto para Hong Kong, Rússia, Venezuela, Iran, Egito, Chile, entre outros países (ABIEC, 2014). Em se tratando da pecuária leiteira, o país produziu 32 bilhões de litros de leite (IBGE, 2012).
No Brasil, os sistemas de criação de ruminantes têm no pasto sua principal fonte de alimento (Castro et al., 2010), sendo a forma mais econômica de alimentação animal. No entanto, são mais que conhecidos os riscos que os pecuaristas correm por não manter sua escala de produção baseada na alimentação dos animais somente a pasto, devido às variações climáticas e a estacionalidade de produção das plantas forrageiras (Neumann, 2011), sendo comum em várias regiões a ocorrência de escassez de forragem durante o inverno.
No entanto, é necessário que os pecuaristas se planejem produzindo durante o verão um alimento de boa qualidade que possa ser armazenado e conservado para ser fornecido aos animais, principalmente os ruminantes, durante o inverno (Vilela et al., 2008).
Desta forma, são necessárias alternativas que atendam à demanda crescente de volumosos, como a produção de silagens. Alguns rebanhos confinados são alimentados com silagem o ano todo, requerendo sua programação antecipada (Paziani et al., 2009). Segundo Pereira et al. (2007), nos sistemas de produção animal em confinamento, o principal volumoso utilizado é a silagem de milho.
Com a crescente melhoria no padrão genético dos animais e com a necessidade de intensificação da produção pecuária, aumenta-se também a exigência na qualidade da silagem. Para ter silagem de boa qualidade, com elevado valor nutritivo através da maior participação de grãos na massa produzida, é preciso adotar procedimentos corretos em todas as etapas do processo produtivo (Paziani et al., 2009). Jobim et al. (2007), definem a qualidade da forragem como sendo uma referência ao valor nutritivo da massa de forragem, em interação com o consumo efetuado pelo animal e com o potencial de desempenho do animal.
A oferta de silagem de alta qualidade pode reduzir o uso de concentrados e os custos de alimentação do rebanho, aumentando o lucro para o produtor (Pereira et al., 2012), pois a alimentação é responsável pela maior parte dos  custos de produção, sejam animais confinados ou criados extensivamente (Pereira et al., 2007). O produtor que oferece um suplemento volumoso aos animais no inverno evita a queda na produtividade, na época em que os preços para o leite no mercado são melhores.
As regiões tropicais caracterizam-se pelo elevado número de espécies forrageiras com grande potencial para utilização na alimentação de ruminantes (Oliveira et al., 2010). Entre estas, o milho se destaca por ser considerada a cultura padrão para ensilagem em função da sua tradição no cultivo, facilidade de cultivo, facilidade de mecanização em todas as etapas, alta produção de matéria seca (MS) por unidade de área, apresenta bom valor nutritivo, elevado conteúdo energético e baixo teor de fibra, baixo poder tampão, teores adequados de matéria seca e carboidratos solúveis, boa fermentação microbiológica sem a necessidade de aditivos, boa palatabilidade e alto consumo pelos animais (Pereira et al., 2004; Restle et al., 2006; Paziani et al., 2009; Pinto et al., 2010).
O valor nutritivo do milho também está diretamente relacionado ao arranjo de plantas, densidade de semeadura, espaçamento entre linhas e arquitetura da planta. Estes fatores podem interferir na composição nutricional da planta de milho. Em função disso, há uma tendência de redução no espaçamento e aumento na densidade de semeadura, privilegiando assim cultivares de arquitetura mais ereta (Strieder, 2006).
A silagem de milho é alimento volumoso nutricionalmente completo com alta densidade energética (maior que 64% de nutrientes digestíveis totais - NDT), com teores moderados de proteína bruta (6 a 9 % de PB) sem necessidade de incorporação de aditivos (Factori, 2008).

2. SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES

2.1 Escolha da Cultivar
Existem diversos materiais no mercado e as empresas produtoras de sementes têm explorado bem esse nicho, com atenção para o desempenho agronômico e valor nutritivo da forragem (Lugão et al., 2011).
O conhecimento de características quanto ao tipo, ciclo, época de semeadura, densidade de plantas, textura do grão, resistência ao acamamento, altura da planta, nível de tecnologia adotado e a região de adaptação da cultivar é imprescindível para a obtenção de sucesso da lavoura de milho destinado à silagem (Cruz et al., 2014). Para a obtenção de adequada população de plantas, deve ser utilizada a densidade recomendada para cada cultivar e região, semelhantemente à recomendada para produção de grãos.
Segundo Schmidt (2011), um bom híbrido de milho para silagem é aquele que apresenta boa produtividade, com espigas grandes e grãos bem cheios. Para proceder à escolha, o produtor deve recorrer aos resultados de ensaios regionais de cultivares de milho para silagem, buscando um material produtivo, com alto valor nutritivo e adaptado às condições locais. A utilização de híbridos mais produtivos e adaptados às condições locais é responsável pelos ganhos em produtividade de massa da cultura do milho destinado à silagem (Paziani et al., 2009).
Na nutrição animal, a planta de milho apresenta dois componentes distintos: a fração vegetativa, composta basicamente de carboidratos estruturais, e a fração granífera representada principalmente pelo amido do endosperma (Zopollatto & Reco, 2009). Os materiais devem apresentar plantas com alta digestibilidade da matéria seca e grãos dentado (consistência macia) por apresentar maior digestibilidade num estádio mais avançado, ampliando a “janela de colheita” (Factori, 2008).
De acordo com Mello (2004), os melhoristas de milho para silagem têm orientado seus estudos objetivando produzir híbridos adaptados a diferentes tipos de solo e clima, com maior resistência a pragas e doenças regionais, melhor resposta à adubação, estabilidade de produção, colmos forte e resistentes ao acamamento, adequada estrutura física em aspectos relativos à altura de planta e contribuição dos componentes estruturais (colmo, folhas e espiga e/ou panícula), elevado rendimento de biomassa e grãos, acentuado stay green, menor dry down e maior digestibilidade da fibra.
Na cultura do milho, vários aspectos causam variações na qualidade da silagem, como o híbrido utilizado, estádio de maturação na colheita, além de aspectos relativos ao solo e ao clima (Neumann et al., 2007).
De acordo com Basi et al. (2011), a qualidade final da silagem está relacionada ao estado nutricional das plantas e ao adequado processo fermentativo.
Na produção de silagem de planta inteira ocorre remoção total da parte vegetativa, promovendo alta extração e exportação de nutrientes e, conseqüentemente, problemas de fertilidade do solo serão mais intensos e se manifestarão mais rapidamente em relação às áreas de produção de grãos. Isto ocorrerá principalmente se uma mesma área for utilizada para produção de silagem durante anos consecutivos sem um sistema de manejo de solo e adubação adequados (Martin et al., 2011).
Segundo estes mesmos autores, as recomendações em relação às épocas de aplicação da adubação nitrogenada no milho para silagem são as mesmas para a produção de grãos. Segundo os mesmos autores, doses a serem aplicadas no milho para silagem deverão ser maiores que para grãos, para compensar a exportação na parte vegetativa da planta, pois em torno de 70% é translocado para o grão, os outros 30% do N ficam na parte vegetativa. Recomenda-se acrescentar 30% da dose recomendada para a produção de grãos para compensar a maior exportação na silagem.
Skonieski et al. (2014) ao avaliarem o efeito do arranjo de plantas sobre a qualidade da silagem de milho cultivado em sistema de plantio direto em Santa Maria, RS, com utilização do híbrido simples modificado, DOW 766, ciclo curto, dupla finalidade, mantendo a população de 65.000 plantas ha-1 nos espaçamentos entre linhas de 40, 60 e 80 cm, verificaram que a produção e a composição morfológica das plantas de milho não foram afetadas pelos arranjos de plantas. O arranjo de plantas no espaçamento 80 cm teve maior teor de proteína da forragem e da silagem, resultando em silagem de qualidade superior. A qualidade da ensilagem diminuiu com a redução do espaçamento, especificamente os teores de fibra em detergente neutro, nutrientes digestíveis totais e compostos de lignina.
Nakano Neto e Mello (2010) avaliaram algumas características agronômicas do milho para silagem com diferentes fontes de adubações do híbrido AGN-2012, em espaçamento 80 cm entre linhas, com densidade de plantio de 50.000 plantas/ha. Os tratamentos foram adubação química (140 kg/ha da formulação 03-15-15), 7500 kg/ha de cama sobreposta de suíno e 2500 kg/ha de cama de frango, aplicados no plantio. Aos 30 dias após a emergência das plântulas efetuou-se adubação nitrogenada com a utilização de 60 kg/ha de N. Concluíram um potencial uso de cama sobreposta de suínos como uma possível fonte suplementar de N, P, K, S e Zn uma vez que é rica nesses elementos, por outro lado, espera-se uma decomposição tardia e, portanto uma liberação de forma mais lenta desses nutrientes para a cultura do milho em relação à adubação com adubo químico e cama sobreposta de aves. Portanto, o uso de cama sobreposta de suínos e de frango pode ser recomendada desde que analisadas as necessidades e os parâmetros encontrados.




Calonego et al. (2011), objetivaram avaliar o efeito da população de plantas e do espaçamento entre linhas no crescimento e na produtividade do milho AG 1051, híbrido duplo, ciclo semi-precoce, em experimento conduzido em Indiana-SP. Os tratamentos foram constituídos por populações de plantas de milho (45, 60 e 75 mil plantas ha-1), combinadas em dois espaçamentos entre linhas (0,45 m e 0,90 m). Observaram que houve aumento da produtividade de grãos com o aumento da população de plantas de 45 mil para 75 mil plantas ha-1, mesmo havendo sintomas de competição intraespecífica apontados pelo maior crescimento das plantas em altura e pelo menor diâmetro de colmo. O espaçamento de 0,90 m entre linhas proporciona maior produtividade de milho com contribuição da maior produção de grãos por espiga.
Santos et al. (2010) objetivaram avaliar a produtividade de massa seca e massa verde, altura de inserção da espiga, número de espigas por planta, altura das plantas e a relação espiga, colmo e folha de seis variedades de milho indicadas para a região semiárida brasileira (BR 5033 - Asa Branca, BR 5028 - São Francisco, BRS 4103, BRS Caatingueiro, BRS Assum Preto e Gurutuba), visando à produção de silagem. As variedades Gurutuba e BRS 4103 obtiveram as maiores produtividades de massa verde (38,7 e 40,0 t ha-1). Do mesmo modo, essas duas variedades e a BR 5028 - São Francisco se destacaram pela produção de massa seca (16,0; 16,5 e 15,8 t ha-1, respectivamente). A variedade BRS Caatingueiro apresentou número de espigas planta-1 (1,6) superior ao das demais. Entre os materiais avaliados para produção de silagem na região do Submédio do Vale do São Francisco, destacaram-se as cultivares Gurutuba, BR 5028 - São Francisco e BRS 4103.
2.2 Processo de ensilagem
A ensilagem é um método de conservação de forragem em seu estado úmido, por meio da fermentação realizada por bactérias formadoras de ácido lático, as quais promovem um abaixamento do pH, inibindo o crescimento de microrganismos indesejáveis por um longo período de tempo (Bravo et al., 2009).
Segundo Dantas et al. (2014), a ensilagem é um processo de conservação destinado a preservação da forragem na forma úmida com alta valor nutricional, visando o mínimo de perdas.
De acordo com Paziani (2009), a ensilagem é um processo de conservação que tem como objetivo final preservar o valor nutritivo da forragem, no entanto, perdas são inevitáveis, embora possam ser reduzidas. Este processo compreende as seguintes fases: corte/picagem, transporte, enchimento, compactação e vedação dos silos. No entanto, durante este processo existem perdas. O efluente produzido no silo corresponde à umidade desprendida da massa ensilada durante o processo de compactação e armazenamento devido à pressão de compactação e o rompimento celular. Lixívia os nutrientes da massa de forragem e pode contaminar o ambiente. Há formas de controle. O volume de efluente produzido em um silo é influenciado por vários fatores, destacando-se o teor de MS, tamanho de partícula, processamento, tipo de silo e compactação. Quando ocorrem perdas por efluente do material ensilado, há liberação de compostos orgânicos como açúcares, ácidos, proteína e minerais, afetando diretamente a concentração de nutrientes na silagem e, consequentemente, a qualidade da mesma (Jobim et al., 2007).
As perdas por gases são inevitáveis e difíceis de serem reduzidas, pois ocorrem durante o processo da fermentação da forragem ensilada (Carvalho e Jobim, 2013).

2.2.1 Ponto de colheita da forragem
Para Schena et al. (2007), o teor de matéria seca (MS) da planta deve ser o critério utilizado para confirmação do ponto ótimo da colheita para a ensilagem, sendo a evolução da linha de leite no grão o principal fator indicador do momento de se iniciar as determinações dos teores de MS da planta inteira. O ideal é que a planta de milho seja colhida com teor de MS entre 32 e 37% (Cruz et al., 2008), quando a consistência dos grãos se encontra no estádio farináceo, entre 1/2 a 2/3 da linha do leite (Figura 1).
O teor de MS da forragem determinará o tipo de fermentação que irá se desenvolver no interior do silo (Oliveira et al., 2009). As plantas de milho, quando colhidas em estádios mais precoces, apresentam alto teor de umidade, menor quantidade de nutrientes, maior risco de fermentação indesejável com a formação de ácido butírico e excessiva perda de nutrientes no silo por lixiviação (efluente), possui menor concentração de energia pela baixa quantidade de amido no grão e menor produção de MS (Cruz et al., 2008). Plantas colhidas em estádios mais avançados produzem elevadas perdas de MS no campo em decorrência da queda de espigas, quebra de hastes e perda de folhas (Lugão et al., 2011).
Para a determinação do teor de matéria seca da forragem, ocorre a secagem em forno de microondas que não é um método novo. Desde a década de 50 tem sido utilizada por vários pesquisadores como técnica rápida para a determinação da MS em programas de melhoramento de pastagens (Raymond; Harris, 1954, apud Lacerda et al., 2009).
A determinação da MS de forrageiras, com mais de 40% de umidade é realizada predominantemente pelo método convencional que é o da estufa de ventilação forçada de ar. Este método, entretanto, é mais demorado, levando em média de 48 a 72 horas para a determinação da MS, ao passo que o mesmo resultado pode ser obtido numa média de 22 minutos, em forno de microondas - FMO (Lacerda et al., 2009). Estes autores comparando o processo de secagem, em FMO (22 min e potência de 1250 W) e em estufa de ventilação forçada de ar (65ºC por 48 hs) bem como seus efeitos nos teores de proteína bruta e fibra bruta de Panicum maximum cv. Mombaça, Brachiaria ruziziensis e silagem de milho verificaram que não houve diferença entre a utilização do forno de microondas e o método convencional na determinação da MS das três espécies forrageiras testadas. A secagem em FMO proporcionou teores mais elevados de proteína bruta na silagem de milho. Não foi detectada diferença entre os métodos de secagem, para silagem de milho, avaliando-se a fibra bruta. A técnica de secagem de forrageiras com FMO é promissora, requerendo mais estudos para avaliar seu uso com outras espécies forrageiras.
2.2.2 Equipamentos utilizados na colheita
O equipamento utilizado para colher o material no campo pode influenciar a qualidade da fermentação da silagem, pois este é responsável pela redução da planta em partículas de tamanho regular, o que facilita sua compactação e subsequente fermentação (Lugão et al., 2011).
No Brasil, existem dois tipos básicos de máquinas para a colheita da planta de milho: as que são acopladas ao trator (Figura 2a) que colhem uma ou mais linhas; e as automotrizes (Figura 2b) que colhem quatro a oito linhas (Amaral & Bernardes, 2009).
Figura 2. Ensiladeira acoplada ao trator (a) e automotriz (b).

A preparação do equipamento para a colheita do milho para ensilagem deve ser feita antes do início dos trabalhos, com uma revisão geral do equipamento (Lugão et al., 2011).
No momento da colheita todos os equipamentos devem estar ajustados de modo a garantir a maior eficiência possível. A altura de corte deve ser de 25 a 30 cm ao nível do solo, para evitar o recolhimento de terra e o tamanho médio de partícula pode ser garantido através da correta regulagem e afiação das facas. 
Segundo Novaes et al. (2004), deve-se afiar o conjunto de facas, pelo menos, a cada 100 t de massa verde colhida e regular o posicionamento da faca e da contrafaca a cada 500 t colhidas.

2.2.3 Tamanho da partícula ensilada
O tamanho da partícula ensilada em nível prático de propriedades rurais, notadamente é muito variável durante a produção de silagem e relaciona-se diretamente com a potência do trator e/ou a regulagem da ensiladeira utilizada.
Segundo Lugão et al. (2011), para a ensilagem, o material deve ser picado com tamanho entre 1,0 cm e 2,0 cm (Figura 4). O tamanho da partícula dentro do recomendado facilita o processo da ensilagem, uma vez que permite maior densidade ao material colhido que será transportado até o silo, facilita o processo de compactação e possibilita melhor fermentação anaeróbia (Neumann, 2006). Consequentemente, preserva o valor nutritivo da massa ensilada e minimiza as perdas (Neumann et al., 2005).
Bernardes & Amaral (2010), relatam que partículas com tamanhos superiores a 1,5 cm (Figura 3b) comprometem a compactação, resultando em silagem com baixa densidade, sobretudo nas camadas periféricas do silo, principalmente quando a forragem apresenta concentração de MS superior a 35%.
A redução no tamanho médio das partículas nas rações de vacas leiteiras pode contribuir para aumentar o consumo de MS em função do aumento na taxa de passagem dos alimentos pelo trato digestivo (Monteiro Filho, 2007).
Figura 3. Tamanho ideal das partículas (a) e tamanho acima da medida recomendada (b).

2.2.4 Dimensionamento do silo
Antes da ensilagem, deve-se dimensionar o tamanho do silo em relação à demanda diária de silagem pelo rebanho. A demanda da silagem em cada dieta depende do número de animais que serão alimentados e informações relativas ao consumo por categoria animal, perdas e o período em que a silagem será ofertada (Lugão et al., 2011).
 O tamanho do silo deve ser calculado em virtude da demanda de silagem em cada dieta, pois deve-se retirar uma fatia com espessura mínima de 15 cm para que as perdas aeróbias sejam minimizadas.
Existem diversos tipos de silos que podem ser utilizados para a conservação da forragem nas propriedades rurais. Os silos cilíndricos, tipo cisterna e meio encosta, estão em desuso em função às dificuldades de carregamento ou descarregamento e, principalmente pelo alto custo de construção. Os silos bag utilizam tecnologia recente, mas que ainda é onerosa para os pequenos e médios produtores. Este tipo de silo possui como desvantagem a dificuldade de serem transportados quando necessários.
Atualmente, os silos mais utilizados são do tipo horizontal, trincheira e superfície, sendo o trincheira preferido pelos produtores e deverá ser revestido com alvenaria para minimizar as perdas durante o armazenamento.

2.2.5 Enchimento e compactação do silo
Para Lugão et al. (2011), o tempo de enchimento do silo é determinante para a qualidade da silagem. O ideal é se trabalhar com no mínimo três tratores: um cortando o milho no campo, um transportando e outro compactando o material no silo. Diante do exposto, o planejamento do tamanho do silo assume papel importante, pois este deve ser fechado no mesmo dia do início da ensilagem, aceitando-se que seja fechado em, no máximo, dois dias, o que nos leva a recomendar a construção de silos menores.
O enchimento do silo deve ocorrer na forma de cunha (rampa), com a declividade voltada para a entrada do silo, formando um ângulo de 20º.
O silo deve ser carregado em camadas sucessivas de 30 cm a 50 cm, pois o efeito de compactação pelo trator é mais efetivo nessas alturas. Cada camada da massa a ser ensilada que for depositada no silo deve ser espalhada uniformemente e imediatamente compactada para expulsar o ar entre as partículas e provocar mais rapidamente a morte fisiológica da planta, favorecer a atuação dos microrganismos anaeróbios e a queda do pH da massa ensilada. O trajeto do trator sobre a massa ensilada deverá ocorrer em toda a largura do silo, deixando a superfície sem ondulações.
A compactação da massa e a consequente eliminação do oxigênio entre as partículas deve ser realizada com tratores que apresentam maior peso aplicado sob o solo (Figura 4). Essa tarefa pode ser facilitada com a utilização de silos trincheira. Outro aspecto importante é que se deve evitar tratores com pneus largos, com rodado duplo e tratores-esteiras, por apresentarem menor peso por área.
Para um boa preservação, a densidade adequada da silagem de milho de planta inteira deve ser de 550 a 650 kg/m3. Dentro dessa faixa de compactação, haverá condições ideais para que ocorra uma boa fermentação e, consequentemente, a produção de silagem de alta qualidade.

Figura 4. Equipamento adequado (a) e não adequado (b) para compactação durante a ensilagem.

2.2.6 Vedação do silo
Para a vedação do silo, recomenda-se o uso de lonas com espessuras não inferiores a 200 micras. Durante o fechamento é importante retirar todo o ar que está sob a lona por meio da colocação de uma camada de terra com aproximadamente 10 cm de altura. Isolar o silo com cerca fixa ou elétrica para evitar danos causados, sobretudo, por animais.

2.3 Tempo de armazenamento da silagem
O tempo de armazenamento da silagem depende da compactação e da vedação do silo. Um silo fechado de forma adequada pode armazenar a silagem de milho de planta inteira por vários anos. Entretanto, os produtores normalmente utilizam a silagem por um período máximo de dois anos.
A boa aplicação da técnica de ensilagem permite maior tempo de conservação sem que ocorram grandes alterações na composição bromatológica do material, possibilitando a manutenção da reserva de volumoso conservado como estratégia (Lugão et al., 2011).
Segundo estes mesmos autores, o armazenamento na forma de silagem realizado em condições adequadas é capaz de eliminar ou, ao menos, reduzir drasticamente o desenvolvimento de fungos e bactérias patogênicas, evitando a contaminação da dieta com micotoxinas, toxinas e esporos nocivos a saúde animal e à qualidade da silagem.

2.4 Abertura do silo e retirada da silagem
De acordo com Silva (2009), a silagem estará pronta para ser oferecida aos animais quando atingir pH entre 3,8 e 4,2 e teor de ácido lático em torno de 6-8%. Normalmente isso ocorre 30 dias após o fechamento do silo.
O tamanho da fatia a ser retirada deve ser maior ou igual a 15 cm de espessura em toda a área frontal do silo, sem promover grandes perturbações na massa remanescente para que não ocorra exposição ao ar. A fatia de corte da silagem exposta ao ar fornece condições para o desenvolvimento de microrganismos que causam a deterioração da silagem.
A retirada da silagem deve ser efetuada com equipamento apropriado ao tamanho do silo (Figura 5). Deve-se tomar cuidado quando houver terra sobre a lona, para não contaminar a silagem. Após a retirada da silagem, deve-se fechar o silo imediatamente, evitando a sua exposição ao ar e raios solares.
É frequente a deterioração aeróbia da silagem nas propriedades que exploram a atividade leiteira em função do manejo inadequado na retirada da silagem.
Figura 5. Retirada da silagem manualmente (a) e mecanicamente (b) para posterior fornecimento aos animais.

3. Métodos utilizados para avaliação da qualidade da silagem
Em qualquer sistema de produção animal a qualidade dos alimentos que compõem a ração é de fundamental importância na busca da eficiência. Na maioria das explorações, os gastos com alimentação animal representam a maior parte dos custos de produção. Diante disso, o emprego de tecnologia adequada na produção de alimentos é fator primordial. Especialmente as forragens conservadas como silagem podem ter seu valor alimentício bastante alterado em razão dos procedimentos adotados para a sua produção e conservação, e dos fenômenos bioquímicos e microbiológicos que ocorrem no processo. Em geral, a resposta do animal à silagem é dependente do padrão de fermentação que por sua vez afeta a forma e a concentração dos nutrientes e a ingestão (Jobim et al., 2007).
No Brasil, os métodos químicos tradicionais para avaliação de silagens foram sistematizados por Silva & Queiroz (2002) quanto aos teores de matéria seca (MS) e carboidratos solúveis, matéria mineral (MM), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDNcp), fibra em detergente ácido (FDA), hemicelulose (HEM), extrato etéreo (EE) e lignina (LG) e recentemente alguns deles revistos por Campos et al. (2004). O nitrogênio amoniacal pode ser determinado segundo metodologia descrita em Detmann et al. (2012) e expresso como porcentagem do nitrogênio total (N-NH3/N-Total). Os teores de ácidos orgânicos pode ser preparado extrato conforme descrito por Filya et al (2007).
A análise da qualidade da forragem começa pela amostragem criteriosa do material a ser avaliado. A determinação do pH e da digestibilidade requerem um menor número de amostras em relação à determinação de carboidratos solúveis, da matéria seca ou de produtos da fermentação. Na amostragem de silos experimentais, a amostra é toda processada, dependendo do volume do silo (Jobim et al., 2007).
Uma forma de se avaliar o efeito do processo de ensilagem sobre a qualidade da forragem é comparar a composição químico-bromatológica antes e após a confecção da silagem. Antes da ensilagem a forragem pode ser amostrada no campo ou após o corte. No campo a amostragem pode ser influenciada por fatores intrínsecos da espécie como porte da planta e presença de grãos (Jobim et al., 2007).
A composição químico-bromatológica da silagem de milho pode ser afetada por diversos fatores como a escolha do híbrido, manejo da cultura, condições edafoclimáticas, tecnologia da ensilagem e manejo de descarregamento e de fornecimento aos animais. Essa variação na composição permite classificar a silagem de acordo com as concentrações de alguns produtos oriundos da fermentação anaeróbia e a disponibilidade de seus nutrientes à digestão animal (Tabela 2).
Tabela 2. Classificação da silagem de acordo com os parâmetros químicos e bromatológicos.
A maioria das medidas de perdas em silagens tem sido realizadas em silos de laboratório, com uso de tubos de PVC ou baldes plásticos providos de tampa adequada e válvula para eliminação de gases e areia para recuperação do efluente. Estas medidas podem ser de grande importância nas avaliações da qualidade de fermentação (padrão de fermentação) da forragem ensilada. As principais avaliações são de perdas totais de matéria seca e perdas por gases e efluentes. Estas medidas são obtidas pela pesagem dos silos laboratoriais vazios e cheios, antes e após a ensilagem, e dos respectivos teores de matéria seca. Posteriormente, estes valores são empregados em equações descritas por Schmidt (2006).
Oliveira et al. (2010) ao avaliarem as perdas e o valor nutritivo de silagens de diferentes forrageiras, milho, sorgo-sudão, sorgo forrageiro e girassol, ensiladas no momento ideal de cada cultura e por um período de 60 dias, observaram que as perdas por gases são relativamente pequenas em relação as perdas por efluente. A silagem de sorgo-sudão produziu maiores quantidades de efluente em relação às de milho e girassol, com produções semelhantes à da silagem do sorgo forrageiro (Tabela 3). A silagem de sorgo-sudão possui menor valor nutritivo, em decorrência dos maiores teores das frações fibrosas, enquanto a de milho destaca-se positivamente pelo seu valor nutricional.

          Bernardes e Amaral (2010) propuseram um método prático para avaliar a silagem de milho com base em pontuações feitas a partir das características físicas e organolépticas levando-se em consideração à proporção de grãos, odor, coloração, umidade e tamanho das partículas. A pontuação final confere o resultado da qualidade da silagem que pode ser excelente, satisfatória, moderadamente satisfatória e insatisfatória. As características sensoriais e físicas de uma boa silagem são: alta proporção de grãos (35% ou mais); odor leve, prazeroso e adocicado, sem o indício de putrefação; coloração verde a amarela-esverdeada; sem água livre quando uma amostra é bem comprimida na mão e tamanho de partículas pequenas, bem uniformes e com ângulos bem definidos.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A importância da conservação da forragem (milho) na forma de silagem para manutenção da produção leiteira durante as épocas de oferta insuficiente de pastos é um conceito bem compreendido pelos produtores de todos os níveis tecnológicos e sistemas de produção.
A adequação na escolha da cultivar, manejo da cultura e de todas as etapas do processo de ensilagem pelos produtores garantirá uma confecção de silagem de milho de alta qualidade nutricional, contribuindo para a obtenção de desempenho animal satisfatório.
O uso de silagem de milho com planejamento e eficiência em todo o processo produtivo constitui uma técnica economicamente viável para os agricultores familiares.

5. LITERATURA CITADA
AMARAL, R.C.; BERNARDES, T.F. Existe necessidade de inoculantes para silagem de milho? Disponível em: . Acesso em: 07 jun. 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS EXPORTADORAS DE CARNE (ABIEC). Exportações de carne bovina do Brasil. 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 jun. 2014.

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Resenha: Biografia do Abismo

Resenha:  Biografia do Abismo Autores: Graciandre Pereira Pinto Maurício Novaes Souza Título do livro: Biografia do Abismo   Referência ...