Referências...........................................................................................................................
Introdução
O controle de
plantas daninhas consiste na adoção de práticas que resultam na redução da infestação,
mas não necessariamente na completa eliminação ou erradicação. Para ser
eficiente, muitas vezes necessita ser iniciado antes da instalação da cultura
ou até mesmo na safra anterior (Silva et al., 2015).
O custo de controle das
plantas daninhas acarreta aumento no custo de produção da área como a exemplo
do sistema de plantio direto (SPD) em que o uso de herbicidas poderá ser maior.
Além disso, a presença de plantas daninhas por ocasião da colheita pode trazer
transtornos operacionais, retardando o processo de colheita e, consequentemente,
aumentando as perdas e o custo de produção. As plantas daninhas também são
potenciais hospedeiras de pragas, doenças, nematoides, ácaros, bactérias e
vírus, sendo fonte de inóculo destes organismos em culturas de interesse
comercial (Carvalho, 2013).
A presença de
plantas daninhas em áreas cultivadas resulta em redução da produtividade devido
à interferência causada por estas plantas. As perdas variam conforme a espécie
e podem, inclusive, inviabilizar a colheita (Carvalho, 2013). O grau de interferência depende das manifestações de
fatores ligados à comunidade infestante (composição especifica, densidade e
distribuição), própria cultura (espécie, variedade ou cultivar, espaçamento e
densidade de plantio) e a época e extensão do período de convivência, além
disso, pode ser alterado pelas condições climáticas, edáficas e de tratos
culturais (Alvino et al., 2011). Há um período do ciclo da cultura em
que a presença de plantas daninhas efetivamente acarreta interferência sobre a
produtividade das culturas e, portanto, devem
ser controladas para prevenir à interferência (Carvalho, 2013).
O período
crítico de prevenção à interferência (PCPI) é aquele a partir do plantio ou da
emergência, quando as plantas daninhas devem ser controladas com eficiência
para evitar perda quantitativa e, ou, qualitativa da produção (Silva et al.,
2015). O controle, de
modo geral, deve ser feito durante todo esse período. Assim, conhecer a época
ideal para iniciar o controle das plantas daninhas é fundamental para o manejo
adequado desta vegetação (Carvalho et al., 2009).
No caso do
plantio direto, a maior concentração de sementes de plantas daninhas ocorre
próximo à superfície. Por isso, há decréscimo, com o passar dos anos, do banco
de sementes do solo por indução de germinação ou perda de viabilidade, ainda
mais considerando que neste sistema ocorrem alterações na física, química e
biologia do solo e interferência na penetração de luz, umidade e na temperatura
do solo. Além disso, a cobertura morta causa impedimento físico à emergência de
plantas daninhas e, durante a sua decomposição, pode produzir substâncias
alelopáticas que inibem a germinação das sementes das invasoras (Cobucci et
al., 2004).
Em áreas onde se utiliza
o SPD, as plantas de cobertura tornam-se parte essencial para o sucesso deste, principalmente
em sistema orgânico de produção (Queiroz et al., 2010). No entanto, adaptar o SPD
às normas de produção orgânica não tem sido uma tarefa fácil para os
pesquisadores, extensionistas e agricultores. Em sistemas de plantio direto
orgânico não é permitido o uso de herbicidas no manejo das culturas, de acordo
com as diretrizes de produção orgânica. Ainda, não há dessecantes recomendados
para a agricultura orgânica (Corrêa et al., 2011). Atualmente, o controle de
plantas daninhas é o principal entrave técnico para a adoção do SPD orgânico pelos
agricultores (Fontanétti et al., 2006). Já os sistemas convencionais de plantio
direto são baseados em monoculturas utilizando herbicidas na dessecação da
cultura de sucessão para a obtenção de cobertura vegetal e no controle de
plantas daninhas (Altieri et al., 2011).
Assim, para o manejo destas
plantas é essencial que haja cultivos na entressafra de culturas formadoras de
palhada (plantas de cobertura). As plantas de cobertura devem possuir como
principal característica, grande produção de matéria seca, além de ter a
capacidade de sombrear e inibir o desenvolvimento das plantas daninhas. No
entanto, vale ressaltar que a eficiência da cobertura depende da quantidade,
espessura, tipo de resíduo aplicado e da biologia de espécies de plantas
daninhas envolvidas (Fontanétti et al., 2006).
As plantas de cobertura
têm recebido expressiva atenção de pesquisas, pois constituem uma alternativa
para o controle de plantas daninhas, principalmente na fase inicial da cultura,
além de proporcionarem aumento de matéria orgânica no solo (Veronese et al.,
2012). Isto se deve também ao fato da população de plantas daninhas modificar
na presença de plantas de cobertura, em que a supressão é atribuída a fatores
de natureza física, química e biológica proporcionados pela presença da
palhada. Entre as culturas de cobertura que possuem potencial para o controle
de plantas daninhas, destaca-se a aveia preta, pois proporciona grande
cobertura do solo (Silva et al, 2009).
O uso de um único método de controle de plantas daninhas, por si só,
não possibilita um manejo eficaz das espécies. No entanto, a busca por novas
técnicas e o manejo integrado de plantas daninhas, aplicado corretamente ao
sistema de produção, resultará em maior eficiência.
Métodos
de controle de plantas daninhas
Controle preventivo:
envolve o uso de práticas que visam prevenir a introdução, estabelecimento e/ou
propagação de determinadas espécies em área ainda não infestada, tais como o
uso de sementes de elevada pureza e vigor; limpeza de
equipamentos de preparo do solo; mudas livres de plantas daninhas; utilização de material orgânico de boa qualidade e isento
de propágulos de espécies problemáticas; limpeza de canais de irrigação;
controle das populações na entressafra e fiscalização de campos de produção de
sementes (Cobucci et al., 2004; Alvino et al., 2011).
Controle cultural:
baseia-se no uso do manejo da própria cultura para controlar as plantas
daninhas. Existem diversas práticas de controle cultural, destacando-se o uso
de cultivares mais competitivas; de espaçamento mais estreito; de densidade de
plantio mais alta; de sistemas de cultivo distintos; de plantas de cobertura e
de rotação de culturas, que impedem o desenvolvimento das plantas daninhas
(Carvalho, 2013).
Controle mecânico: baseia-se no uso
de algum instrumento que arranque ou corte as plantas daninhas, destacando-se a
capina mecânica tratorizada que é uma prática de controle viável em algumas
ocasiões em lavouras perenes para manejo de coberturas vegetais; roçagem com roçadeiras
elétricas ou motorizadas, roçadeiras tratorizadas, rolo-faca, entre outras. A
roçada pode ser manual ou mecânica, com implemento acoplado ao trator
(Carvalho, 2013). A roçadeira articulada possui seis linhas, sendo cada linha
composta por uma pequena roçadeira, com três facas, que elimina as espécies
daninhas somente nas entrelinhas das culturas. Tal equipamento foi desenvolvido
pela Embrapa Soja a fim de avaliar alternativas de manejo de plantas daninhas
no sistema de semeadura direta da soja (Brighenti et al., 2007b).
Controle físico:
consiste no uso de alguma prática que exerça influência física sobre as plantas
daninhas, destacando-se o fogo (queima da vegetação) que normalmente é feita
com lança-chamas, é uma prática antiga e de uso limitado no Brasil. Foi muito
utilizada em algodão e vem ganhando expressiva conotação principalmente entre
praticantes de agricultura orgânica na Europa. A cobertura morta (palha ou
resíduo vegetal) apresenta três efeitos que podem ser benéficos ou maléficos às
plantas daninhas. O efeito físico baseia-se no impedimento da germinação de
sementes de plantas daninhas em função da limitação de absorção de luz por
sementes de plantas fotoblásticas positivas ou, ainda, no impedimento da
emergência das plântulas após a germinação, não conseguindo transpassar a
camada de palha presente sobre o solo (Carvalho, 2013).
Controle biológico:
o efeito biológico, melhorando as condições do solo para o desenvolvimento de
microrganismos que podem auxiliar na quebra de dormência de algumas sementes de
plantas daninhas ou mesmo deteriorá-las. Por fim, o efeito alelopático de
coberturas vegetais oriundas de plantas que produzam compostos alelopáticos, podendo
suprimir o crescimento ou mesmo matar as plantas daninhas sensíveis (Carvalho,
2013).
Controle por choque elétrico:
o equipamento testado é acoplado à tomada de força do trator, gerando eletricidade.
A descarga elétrica, ao atingir as espécies daninhas, provoca alteração na
fisiologia das plantas de forma irreversível, as quais murcham e morrem em
pouco tempo. O equipamento também possui campânulas de aplicação dispostas em
uma barra, acoplada perpendicularmente à parte central do trator, de forma a
facilitar o balizamento pelo operador. O controle das plantas daninhas é
realizado apenas nas entrelinhas das culturas (Brighenti et al., 2007b).
Controle químico: baseia-se
no uso de produtos químicos visando matar plantas daninhas. Com o
desenvolvimento de novos produtos e com a adoção do controle químico como o
principal método de controle de plantas daninhas, hoje, quase 50% dos
defensivos agrícolas comercializados são herbicidas. A grande aceitação do uso
de herbicidas deve-se a alguns fatores destacando-se, segundo Silva e Silva
(2007) menor dependência de mão de obra, que é cada vez mais onerosa e difícil
de ser encontrada; rápido, prático e eficiente, mesmo em épocas chuvosas; pode
ser usado com eficiência mesmo na linha de plantio, sem danificar o sistema
radicular da cultura; pode controlar plantas daninhas de reprodução
vegetativa. O ideal é que o controle
químico fosse usado apenas como auxiliar aos demais métodos. Nas principais
culturas agrícolas, cultivadas extensivamente, os herbicidas são utilizados
como o principal método de controle de plantas daninhas. Alguns herbicidas
destacam-se em importância e quantidade utilizada, dependendo da cultura (Carvalho,
2013). Fatores
externos, não inerentes aos herbicidas, são muito importantes para obter boa
eficiência tais como tipo de solo, teor de água no solo, umidade relativa do
ar, temperatura, ventos e tecnologia de aplicação (Cobucci et al., 2004).
Os principais
herbicidas recomendados para o manejo de área em plantio direto são o glifosate
e sulfosate, os quais são translocados pelo xilema e floema, ou seja, os que
atingem todas as partes da planta. Devido à forte adsorção pelas argilas e
matéria orgânica, esses herbicidas ficam indisponíveis à absorção pelas raízes
e causam pouco impacto ao ambiente, já que a sua degradação pelos microorganismos
ocorre em poucos dias. É funda- mental que tais herbicidas sejam aplicados,
quando as plantas estiverem em pleno desenvolvimento e apresentarem boa
cobertura vegetal. Devem-se evitar aplicações, quando as plantas daninhas
apresentarem-se estressadas tanto por deficiência hídrica como por baixas
temperaturas. Esses produtos podem ser aplicados com volumes de calda
inferiores a 50 L/ha, prática que otimiza a absorção pelas plantas, devido ao
menor escorrimento sobre as folhas. Deve-se evitar a aplicação, quando houver
risco de ocorrência de chuva num período inferior a seis horas após a
aplicação. No uso do Paraquat + diuron , a absorção simultânea do paraquat e do
diuron pelas plantas daninhas inibe a rápida ação do paraquat, conferindo
melhor ação do produto sobre as invasoras. Quando o 2,4-D for utilizado para dessecação,
deve-se observar criteriosamente o período de carência para a semeadura
(Cobucci et al., 2004).
Resistência
de plantas daninhas a herbicidas
A resistência de plantas
daninhas a herbicidas é um tema sempre abordado em todas as publicações
relacionadas ao manejo de plantas invasoras em diversas culturas agrícolas,
cujo controle com herbicidas químicos é o principal método utilizado para
solucionar o problema das plantas infestantes. A resistência a herbicidas é a
capacidade natural e herdável de alguns biótipos de plantas daninhas, dentro de
uma determinada população, de sobreviver e se reproduzir após a exposição à
dose de um herbicida, que seria letal a uma população normal (suscetível) da
mesma espécie. Os fatores que levam à seleção de biótipos resistentes são:
ciclo de vida curto, elevada produção de sementes, baixa dormência de sementes,
várias gerações reprodutivas por ano, extrema suscetibilidade a um determinado
herbicida e grande diversidade genética. Sendo assim, características dos herbicidas
(como mecanismo de ação e residual no solo) e do sistema de produção (como a
não rotação de culturas, não rotação de mecanismos de ação, utilização de
sub-doses e aplicações mal sucedidas) podem favorecer a seleção de biótipos
resistentes, sendo de suma importância para as técnicas de manejo o uso de
medidas que retardem o aparecimento de plantas daninhas resistentes em uma
determinada área (Barros, 2012).
A monocultura
por vários anos e a aplicação dos mesmos herbicidas, ano após ano na mesma
área, favorecem o estabelecimento de espécies daninhas tolerantes aos
herbicidas, ocorrendo maior interferência sobre a cultura, refletindo
negativamente na produção, na qualidade do produto final e nos lucros (Ferreira
et al., 2015).
No Brasil, alguns
biótipos de azevém, buva e leiteiro adquiriram resistência ao glifosato,
constituindo um problema sério. Além disso, o custo do controle tende a se
elevar devido à substituição parcial ou total do glifosato do sistema de
controle adotado. Devido ao uso extensivo, o glifosato exerce forte pressão de
seleção, podendo num curto espaço de tempo selecionar biótipos resistentes de
outras espécies daninhas, bem como transformar plantas daninhas tolerantes de
importância regional em plantas daninhas problema no âmbito nacional. Sendo
assim, torna-se necessário redimensionar o sistema de utilização das lavouras
anuais, dando prioridade para sistemas de rotação de culturas associados à
adubação verde que propiciem cobertura do solo durante o ano todo. As culturas
comerciais nesse sistema devem ser entendidas como oportunidades para alternar
ou utilizar herbicidas com mecanismos de ação diferentes e eficientes sobre os
biótipos resistentes (Bianchi et al., 2008).
Manejo de plantas daninhas na cultura do milho
Em áreas onde
se adota o SPD é necessário que a dessecação anterior à semeadura do milho seja
feita de maneira adequada, almejando eliminar todas as plantas estabelecidas e
proporcionar a formação da cobertura morta. A palhada exerce efeito físico
sobre a população de plantas daninhas, pois favorece a passagem de luz e controla
a temperatura e a umidade do solo, além de poder liberar substâncias
alelopáticas, criando assim condições adversas para a germinação e o
estabelecimento das plantas daninhas (Silva et al., 2015).
Segundo estes
autores, o espaço de tempo entre a dessecação da comunidade infestante ou das
plantas de cobertura e a semeadura do milho vai depender do(s) herbicida(s) e
da(s) dose(s) utilizada(s). Além disso, outros fatores como densidade das
plantas daninhas e seu estádio de desenvolvimento, condições do solo e do clima
de cada local e a quantidade de matéria seca produzida pelas plantas de
cobertura devem ser considerados.
Em sistemas convencionais,
é comum a aplicação de dessecantes como Paraquat e Gliphosate para formação do
material palhoso. A dessecação por herbicida pode ser associada à roçada ou à
trituração como ocorre com o milho após a colheita mecânica, ou o acamamento
pode ocorrer após a morte das plantas de cobertura, a exemplo do milheto e
aveia preta (Barradas et al., 2010).
Apesar do SPD
ser completamente diferente do convencional, as doses dos herbicidas utilizados
em pré-emergência continuam sendo as mesmas (Rodrigues; Almeida, 2011). Ao
escolher a dose, não se deve levar em consideração a capacidade diferenciada
desses produtos de serem lixiviados da palhada para o solo nem de fatores como
a quantidade de cobertura morta e características físico-químicas dos compostos
que, no final, alteram a atividade agronômica dos herbicidas. O atrazine, herbicida
de maior uso na cultura do milho, é muito pouco retido pela palha e, por isso,
a ocorrência de chuva após a aplicação transporta-o para a superfície do solo
(Fornarolli, 1997).
Áreas
infestadas por azevém requerem cuidados especiais, pois é comum encontrar
lavouras de milho infestadas por esta espécie devido à má dessecação. O
controle inadequado dessa espécie forrageira faz com que a cultura cresça,
competindo com plantas adultas de azevém. O problema agrava-se ainda mais em
razão da baixa eficiência de controle desta espécie proporcionado pelos
herbicidas aplicados em pós-emergência na cultura do milho (Vargas et al.,
2006).
Dentre os
componentes do custo de produção do milho, os gastos com o controle de plantas
daninhas se destacam, pois não podem ser evitados pelos produtores, tendo em
vista que o controle inadequado da comunidade infestante é um dos principais
fatores relacionados à baixa produtividade da cultura do milho. Nesta cultura,
as perdas de rendimento devido à interferência de plantas daninhas podem ser de
10 a mais de 80% (Silva et al., 2015).
O período
crítico de competição da cultura do milho com plantas indesejáveis, em
condições normais, varia dos 20 aos 60 dias após a emergência (DAE) que, em
número de folhas da planta, corresponde ao intervalo entre a terceira e a
décima quarta folha. Pesquisas indicam que os maiores prejuízos são observados
quando a competição ocorre entre 20 e 45 DAE. A competição anterior aos 20 DAE
(plantas de milho com menos de três folhas) e após 45 DAE (plantas de milho com
14 folhas ou mais) é “tolerável”, por não afetar o rendimento. No entanto, o
PCPI pode variar de acordo com a comunidade infestante (composição específica,
densidade e distribuição na área), a cultura (cultivar, espaçamento, densidade
de semeadura) e as condições de solo e de clima de cada região. Por isso, são
comuns na literatura resultados divergentes em relação ao início e à duração
desse período. Dessa forma, a determinação do manejo da comunidade infestante
por meio da fenologia da cultura é algo mais palpável para o produtor, pois a
maioria dos tratos culturais é realizada de acordo com essa característica. É
importante salientar que, mesmo após o PCPI, algumas espécies daninhas como a
corda-de-viola (Ipomoea spp.) e o
fedegoso (Senna spp.) podem causar
problemas consideráveis na colheita, por exemplo, o embuchamento da máquina,
aumentando as perdas na colheita (Silva et al., 2015).
Segundo
Corrêa et al. (2011), a população de plantas infestantes é modificada de acordo
com o manejo realizado.
O método
químico é, atualmente, a alternativa de controle mais utilizada pelos
produtores, porém é importante salientar que a adoção do controle cultural deve
ser visto como o principal. O uso de medidas culturais, além de favorecer o
crescimento da cultura e reduzir a interferência das plantas daninhas, na
maioria das vezes não onera os custos de produção, podendo até mesmo reduzi-los.
Entre as medidas culturais adotadas podemos citar o uso de cultivares adaptados
às condições de solo e clima da região; espaçamento entrelinhas reduzido;
densidade e época de semeadura adequada; uso de cobertura morta, rotação de
culturas e adubação balanceada. A rotação cria a oportunidade do uso de
diferentes tipos de herbicida, colaborando no manejo da comunidade infestante
na cultura do milho e em culturas subsequentes (Silva et al., 2015).
Figura 1. Cultivo de milho em sistema
plantio direto orgânico sobre palhada de aveia preta.
Fonte: Coelho (2014).
O plantio
direto, quando realizado sob manejo orgânico, tem como maior dificuldade o
controle das plantas daninhas (Suarez, 2010), uma vez que neste sistema não é
permitido o uso de herbicidas. Atualmente tem sido preconizado o uso de roçada,
plantas de cobertura, rotação de culturas e consórcio com espécies que favoreçam
a supressão das plantas daninhas (Eyre et al., 2011; Lemos et al., 2013).
No manejo das
plantas daninhas, em sistema de plantio direto do milho, é comum a realização
de roçadas. No entanto, a eficiência desta prática depende, em grande parte,
das espécies de plantas daninhas, da frequência do corte e do estádio de
desenvolvimento das plantas. Porém, a utilização exclusiva da roçada favorece o
estabelecimento de espécies que se reproduzem vegetativamente (Fontanétti, 2008).
Tal autora verificou uma maior produção de biomassa total de plantas daninhas
em sistema de plantio direto orgânico em comparação ao convencional, com uso de
herbicidas, devido, sobretudo, à alta capacidade de rebrota de algumas espécies.
O uso de
plantas de cobertura no plantio direto orgânico modifica a dinâmica de plantas
daninhas, sendo, portanto, útil na redução da sua infestação e emergência. A
supressão das plantas daninhas pela palhada se deve principalmente ao efeito
físico e alelopático (Concenço et al., 2013). No entanto, o sucesso no manejo
das plantas daninhas depende da espécie infestante, da época de manejo, da
quantidade e qualidade das palhadas das plantas de cobertura utilizadas (Vidal
e Trezzi, 2004). No SPD utiliza-se uma grande quantidade de palhada, demandando
o cultivo prévio de espécies de plantas de cobertura, com destaque para a aveia
preta (Silva
et al, 2009).
Estudos sobre
o manejo de plantas daninhas na produção orgânica de milho têm demonstrado
alternativas de controle e aumento de produção em sistema de plantio direto
orgânico (Coelho, 2014).
Vaz de Melo
et al. (2007) estudando o cultivo de milho verde, em sistema de plantio direto
orgânico sobre a palhada de aveia preta, conseguiram reduzir a infestação de
plantas daninhas. Queiroz et al. (2010) concluíram que a crotalária e a mucuna preta
foram mais eficientes no controle das plantas daninhas, alcançando
produtividade de 8 t ha-1 de espigas de milho verde em plantio
direto orgânico. Corrêa (2009) alcançou uma produtividade de 6,4 t ha-1
de milho, utilizando aveia preta como planta de cobertura e consorciando milho
com feijão de porco e roçagem nos estádios fenológicos do milho em V3 e V6. Coelho
(2014) concluiu que as coberturas de aveia preta e coquetel UFV são
alternativas de supressão de plantas daninhas em SPD orgânico de milho. O
coquetel de plantas é eficiente para produzir grandes quantidades de palhada
para o plantio direto.
Manejo
de plantas daninhas na cultura do feijoeiro
Por ser o
feijoeiro cultivado durante todo o ano, ele sofre interferência de uma ampla
variedade de plantas daninhas (Ferreira et al., 2015). O período crítico de
interferência das plantas daninhas com o feijoeiro situa-se entre 15 e 30 DAE da
cultura (Salgado et al., 2007; Parreira, 2009).
A redução de
produtividade do feijoeiro devido à competição com espécies infestantes pode
chegar a 71%, dependendo das características da cultura, da comunidade
infestante, do ambiente e da época, e duração do período de convivência entre
plantas (kozlowski et al., 2002).
De acordo com
Cobucci et al. (2004) os métodos de controle podem ser preventivo, cultural,
mecânico, químico e a combinação de todos estes. Na estratégia de controle das
plantas daninhas devem estar associados o melhor método e o momento oportuno,
antes do período crítico de competição. A escolha do método, entretanto, deve
estar relacionada com as condições locais de mão-de-obra e de implementos,
sempre considerando a aná- lise de custos. Deve-se utilizar a associação de
métodos sempre que possível. Espécies como beldroega, caruru e tiririca são
alguns exemplos de plantas daninhas altamente agressivas em cultivos de verão.
O manejo
cultural baseia-se no desenvolvimento de feijoeiros com capacidade de
manifestar seu máximo potencial produtivo e competir com as plantas daninhas,
pelo uso de práticas como o equilíbrio na fertilidade do solo, densidade de
semeadura, manejo de adubação, arranjo espacial das plantas, época adequada de
plantio, entre outras. A utilização de seqüência de cultivos (sucessão ou
rotação), em que os restos culturais de um cultivo exerçam efeitos alelopáticos
supressivos sobre a biota nociva do cultivo, também é importante (Cobucci et
al., 2004).
A rotação de
culturas, além de muitas outras utilidades é praticada como meio de prevenir o
surgimento de altas populações de certas espécies de plantas daninhas mais adaptáveis
à determinada cultura. A escolha do tipo de cultura a ser incluída em uma
rotação, quando o controle de plantas daninhas é o principal objetivo, deve
recair sobre espécies cujas características sejam bem contrastantes com as da
cultura anterior. A aveia e o trigo demonstraram potencial para diminuir a
população de algumas espécies de plantas daninhas, quando em rotação com o
feijoeiro (Ferreira et al., 2015).
Plantas de
canola, nabo forrageiro e ervilhaca, apesar de inicialmente apresentarem considerável
quantidade de massa seca, podem sofrer alta taxa de decomposição, o que
facilita a germinação das plantas daninhas. A cobertura verde pode ser
utilizada como prática de redução de população e competitividade das plantas
daninhas no feijoal, mas o principal objetivo desta prática é melhorar as
propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Muitas plantas (Stilozobium aterrinum, Crotalaria juncea, C.
paulina, Cajanus cajan, Canavalia ensiformes, Dolichos lablab, entre outras)
podem inibir o desenvolvimento de certas espécies de plantas daninhas. Esses
efeitos persistem após o corte e a distribuição de resíduos vegetais sobre o
solo (Cobucci et al., 2004).
Figura 2. Cultivo de feijoeiro
em área de plantio direto.
Fonte: Cardoso (2014).
Quando se
utiliza herbicida no controle de plantas daninhas, este pode ser aplicado antes
da semeadura do feijão; antes da semeadura do feijão e incorporado
superficialmente ao solo com a gradagem visando reduzir perdas de parte de
alguns herbicidas por volatilização e/ou fotodegradação com aplicação em solo
seco, aguardando a umidade ideal para se fazer a semeadura; feita após a
semeadura e antes da emergência do feijoeiro; em área total após a emergência
do feijão e das plantas daninhas para os herbicidas seletivos, e localizada
para os não-seletivos. Os herbicidas usados em pós-emergência devem ser
aplicados, quando as plantas daninhas encontram-se no estádio jovem,
normalmente com menos de quatro folhas verdadeiras. Os herbicidas recomendados
em pré-emergência são metolachlor, pendimethalin e trifluralin 600 e em
pós-emergência fomesafen, bentazon, imazamox, paraquat+bentazon, sethoxydim,
fluazifop-p-butil e clethodim (Cobucci et al., 2004). Os produtores utilizam
muito os herbicidas Flex e Fusilade, isolados ou misturados, em pós-emergência.
Conforme
Cardoso (2014) práticas de manejo pós-colheita,
utilizando-se herbicidas dessecantes, não deixando que plantas daninhas se
desenvolvam e multipliquem na entre safra, e uso de práticas como o plantio
direto com braquiária, milheto, crotalária, entre outras, com dessecação
antecipada para evitar problemas no plantio, servem de barreira física através da cobertura morta, impedindo o
desenvolvimento das plantas daninhas, propiciando o fornecimento de matéria
orgânica e a preservação da umidade no solo.
Silva et al. (2005) observaram que a aplicação de herbicidas em
pós-emergência diminuiu a biomassa total das plantas daninhas na cultura do
feijão, sendo este efeito independente do sistema de preparo. Os sistemas de
preparo do solo e a aplicação de herbicida em pós-emergência alteraram a
importância relativa das plantas daninhas dentro da comunidade. As espécies que
apresentaram maior importância foram Cyperus
rotundus, nos tratamentos com preparo convencional do solo e Galinsoga parviflora no plantio direto.
Manejo de plantas daninhas na cultura da soja
Segundo
Barros (2012) uma das táticas mais eficazes no sistema de Manejo Integrado de
Plantas Daninhas é a utilização de cobertura verde permanente nas áreas de
cultivo, pressuposto para a consolidação do SPD, uma vez que a adoção de pousio
deve ser evitada, pois permite a multiplicação de plantas daninhas com consequente
aumento do banco de sementes no solo, cujo potencial de germinação poderá se
expressar por várias safras.
O manejo da cobertura do
solo visa manter a maior quantidade possível de resíduos culturais sobre a
superfície (palhada) visando proteger o solo contra os processos de degradação
(erosão hídrica e eólica), reter a umidade por períodos mais prolongados,
melhorar os atributos físicos do solo (agregação, macro e microporosidade),
preservar a fauna do solo (micro, meso e macrofauna), dentre outras vantagens.
Neste sentido, o não revolvimento do solo por implementos de preparo
convencional implica no uso de controle químico das plantas invasoras
ocorrentes antes da semeadura da soja no verão, sendo assim, esta operação deve
ser realizada com um intervalo que varia de 10 a 20 dias antes da semeadura
(principalmente em áreas com utilização de 2,4 D) dependendo da massa de
cobertura que for dessecada. Com isto, objetiva-se evitar a implantação da
cultura sob condições desfavoráveis ao desenvolvimento inicial das plântulas de
soja devido ao abafamento que a massa de invasoras pode ocasionar, bem como
facilitar a operação de semeadura da cultura (Barros,
2012).
Figura
3. Cultivo de soja em sistema de plantio direto.
Fonte:
Barros (2012).
No sistema
aplique-plante, as plântulas de soja têm seu desenvolvimento inicial em meio à
cobertura vegetal não totalmente dessecada, apresentando reduções de
produtividade que podem chegar próximas a sete sacas por hectare, pois até aos
14 DAE das plantas, sob este sistema, a massa de invasoras continua “em pé” e
sombreando a cultura. Portanto, é essencial a realização do manejo antecipado
da cobertura do solo, principalmente em áreas de alta infestação de invasoras
e/ou elevada cobertura de massa verde (Barros, 2012).
Somente em algumas
situações pode-se utilizar o sistema de manejo de invasoras “desseque-plante”,
quando a área a ser manejada não apresentar uma quantidade de massa vegetal
muito elevada, para que não ocorram os efeitos adversos da cobertura
sobre o estabelecimento e desenvolvimento inicial da cultura da soja como
dificuldades na operação de semeadura, mau estabelecimento de estande e
estiolamento de plântulas de soja. Neste sentido, como no uso deste sistema a
semeadura da cultura é realizada logo após a dessecação, não se pode utilizar o
herbicida 2,4 D, dando-se então preferência para a adoção de outros herbicidas
com ação latifolicida tais como carfentrazone, clorimurom- etílico,
flumioxazin, imazetapir, diclosulam e sulfentrazone. Todos em mistura com o
glifosato e em dosagens que proporcionem o melhor custo/benefício possível.
Sendo assim, a adoção desta modalidade de manejo deve ser pautada em critérios
técnicos e econômicos. Dentre os critérios técnicos pode-se citar: a
diversidade da flora na área a ser dessecada; a densidade populacional de cada
espécie; o estádio de desenvolvimento das plantas infestantes presentes na
área, fato que juntamente com os itens anteriores define o produto e a dose a
ser utilizada; a posição das plantas infestantes, sobretudo, as de difícil
controle, no dossel da massa vegetal, o que determina o principal alvo a ser
atingido na aplicação; o espectro de controle dos produtos a serem utilizados;
a dinâmica fisiológica do herbicida na planta (ação por contato ou sistêmica) o
que define as características da tecnologia de aplicação; solubilidade dos
herbicidas aplicados; textura do solo a ser manejado. É importante lembrar que
a retirada do 2,4 D da operação de dessecação, implica na utilização de
herbicidas tecnicamente mais complexos, o que aumentam as probabilidades de
erros na dessecação em casos do uso incorreto (Barros,
2012).
No entanto, os produtos
anteriormente citados (exceto carfentrazone) apresentam uma boa vantagem em
função do seu uso, pois possuem efeito residual, proporcionando uma supressão
inicial sobre as primeiras camadas de sementes de plantas daninhas presentes na
área, o que, de maneira geral, não implica na eliminação da operação de
pós-emergência, mas retarda esta operação, diminui a pressão da infestação e
pode, em alguns casos, melhorar a eficiência do pós-emergente, principalmente
do glifosato no caso da utilização em soja RR. Esta vantagem muitas vezes
resulta na diminuição ou eliminação da interferência inicial da infestação de
plantas invasoras sobre a cultura, proporcionando, em alguns casos, ganhos de
produtividade que compensam os custos da utilização destes produtos,
principalmente em associação ao glifosato na soja RR. Além disso, a utilização de
outros herbicidas, com mecanismos de ação diferentes ao do glifosato, no manejo
de plantas daninhas da soja RR, ajuda a prevenir o aparecimento (seleção) de
invasoras resistentes à molécula de glifosato (Barros,
2012).
Na cultura da soja, há
mais de 30 anos são realizados estudos objetivando identificar os períodos que
antecedem a interferência das plantas invasoras sobre a produtividade desta
oleaginosa. No entanto, até o momento não foi estabelecida uma data exata na
cultura que defina este momento, sendo feitas inferências sobre os períodos que
vão de 14 a 20 DAE para as gramíneas e de 20 a 30 DAE para as plantas daninhas
de folhas largas. Com o surgimento das variedades de soja resistentes ao
glyphosate, a “janela de aplicação” para o controle de invasoras se tornou bem
mais ampla, havendo agora a possibilidade de aplicações mais precoces devido a
maior seletividade adquirida pela cultura, ou mais tardias pelo fato deste
produto ser eficaz também sobre algumas ervas em estádios mais avançados de desenvolvimento,
no entanto, é válido lembrar que, mesmo a soja resistente ao glyphosate sofre
reduções de produtividade quando submetida à competição com ervas invasoras e
que o controle destas deve ser realizado dentro do período crítico de prevenção
a esta interferência. O PCPI corresponde ao
período após a implantação da cultura em que as plantas daninhas presentes
convivem com a mesma sem redução de produtividade e o período que vai da
implantação da cultura até o completo fechamento das entrelinhas, onde o
controle deixa de ser necessário. Sendo assim, como o método mais utilizado na
cultura da soja para controle de plantas daninhas ainda é o químico, as
observações anteriores devem ser seguidas para aumentar a eficiência do método,
reduzir custos e evitar perdas significativas (Barros, 2012). Esta é uma medida
que pode ser tomada somente em áreas de produção de grãos para controlar
plantas daninhas ou antecipar a colheita. Para a adoção desta prática o
produtor deve estar atento coma a época apropriada para se realizar a
aplicação, devendo-se observar que a cultura atinja o estádio R7, deve haver um
intervalo de no mínimo sete dias entre a aplicação dos dessecantes e a
colheita, para evitar a ocorrência de resíduos nos grãos (Barros, 2012).
A depreciação do produto
decorre da presença da planta daninha, ou parte dela, no produto produzido,
caracterizando a interferência direta, a exemplo da presença de sementes de feijão-miúdo
(Vignia sinensis) em lotes de
sementes de soja. Nesse caso, o principal efeito não é a redução da produtividade,
mas sim na qualidade do produto enviado para beneficiamento (Carvalho, 2013).
O uso da roçadeira
articulada no controle de espécies daninhas de folhas largas como picão preto e
amendoim bravo, as quais têm pontos de crescimento em locais capazes de serem
eliminados por este equipamento foram controladas de forma eficaz, dificultando
a rebrota. Contudo, as espécies de folhas estreitas presentes, principalmente o
capim-marmelada, foi eliminado acima do ponto de crescimento da espécie,
facilitando a rebrota e o estabelecimento da população. Assim, em situações de
predominância de espécies daninhas gramíneas (B. plantaginea e Digitaria
ssp) a roçadeira articulada não é eficaz; por outro lado, em situações onde
há predominância de espécies dicotiledôneas (Bidens spp., e Euphorbia
heteropylla) e, em densidades de infestação média a baixa, o equipamento
realiza controle satisfatório (Brighenti et al., 2007a).
Segundo Brighenti et al.
(2007b) o controle de plantas daninhas na cultura da soja por meio de descarga
elétrica, fixando voltagens do equipamento em 4400 e 6800 voltz, variando
apenas a rotação do motor do trator, foi eficiente no controle destas plantas.
A rotação 2200 rpm proporcionou o melhor controle e, consequentemente, a maior
produtividade da cultura.
Manejo
de plantas daninhas no cultivo de hortaliças
O sistema de plantio
direto (SPD) de hortaliças é um sistema conservacionista em que o plantio das
sementes ou transplantio das mudas é feito diretamente sobre os restos culturais
da lavoura anterior, de adubos verdes ou ervas espontâneas em área de pousio
temporário (Souza e Rezende, 2006). Tal sistema representa um processo com
possibilidade mais sustentável para o cultivo de diversas olerícolas (Rissato
et al., 2012).
Figura 4. Cultivo de brócolis orgânico em
sistema de plantio direto.
Fonte: Madeira (2008).
Figura 5. Cultivo de repolho em sistema de
plantio direto sobre palhada de sorgo.
Melo et al.
(2010) citam alguns facilitadores para efetuar o cultivo de hortaliças em
plantio direto como a necessidade de mitigar os processos erosivos, a
oportunidade de efetuar rotação de culturas, reduzindo os problemas
fitossanitários; a amenização dos picos de temperatura proporcionada pela
palha, conferindo melhores condições de microclima para algumas espécies
hortícolas. Além do controle de plantas invasoras (Breda Júnior e Factor,
2009). Estas plantas, de modo geral, são agressivas e demandam muita
mão-de-obra com capinas, refletindo no aumento dos custos de produção.
O manejo das
plantas daninhas em hortaliças se diferencia do normalmente utilizado nas
grandes culturas. A escolha e a eficiência de cada um dos métodos de controle
podem variar conforme as espécies de plantas daninhas existentes na área, as
condições climáticas, o tipo de solo, os tratos culturais, a rotação de
culturas e a disponibilidade de herbicidas seletivos e registrados para a cultura
em questão. A disponibilidade de herbicidas registrados, de mão-de-obra
treinada e de bons equipamentos de aplicação são condições essenciais para o
uso do método químico (APTA, 2006). O controle de plantas espontâneas na produção de hortaliças é um desafio
principalmente em área infestada com tiririca (Cyperus rotundus L.) (Oliveira et al., 2006).
Segundo
Pereira e Melo (2008), a incidência das plantas espontâneas, nas áreas de
cultivo, depende de vários fatores, os quais variam de acordo com o tipo de hortaliça,
uma vez que são cultivadas em diferentes espaçamentos, arranjos, densidades
populacionais e ciclos culturais. Além disso, as hortaliças apresentam
diferentes taxas de crescimento e arquitetura resultando em diferentes índices
de área foliar, cobertura do solo e graus de interceptação da luz solar, fator
essencial para o estímulo, germinação de sementes e ocorrência das plantas
espontâneas. As espécies hortícolas que cobrem mais rapidamente o solo,
geralmente reduzem a incidência das plantas espontâneas na área cultivada.
O manejo das
plantas infestantes no sistema de produção orgânica de hortaliças deverá ser
realizado mediante a adoção de técnicas como a permanência de cobertura vegetal
viva ou morta no solo (Pereira e Melo, 2008).
Segundo Mennan et al. (2006) observa-se correlação
negativa entre a quantidade de matéria seca de plantas de cobertura sobre o
solo e a biomassa de plantas espontâneas.
No plantio direto de
hortaliças podem ser utilizados vários tipos de cobertura do solo como a cobertura
morta, a cobertura viva ou uso de plástico de polietileno.
A cobertura morta pode
ser obtida pela importação de palhada de outra área como se efetua
tradicionalmente na cultura do alho (Allium
sativum L.) ou pelo cultivo de plantas de cobertura, fornecedoras de
palhada, e seu manejo (corte) no próprio local. Várias espécies como
leguminosas e gramíneas podem ser utilizadas em cultivo exclusivo ou
consorciado, até mesmo aquelas de maior interesse econômico como o milho, a soja
e a ervilha. (Alcântara e Madeira, 2008).
De acordo com estes
autores, a escolha da planta para cobertura morta dependerá de diversos
fatores: clima; esquema de rotação de culturas, devendo-se considerar o tempo
disponível para a formação de palhada; capacidade das culturas hospedarem
pragas e patógenos; características físicas do solo pela necessidade de
rompimento de camadas compactadas; características químicas do solo
considerando a necessidade de reciclagem de nutrientes e a velocidade na
disponibilização destes pela cobertura morta; utilidade comercial das plantas
de cobertura, entre outros. Se o desejado é a obtenção de uma cobertura morta
duradoura, opta-se pelo plantio de gramíneas como o milho, o milheto, o sorgo,
as aveias, entre outras. Caso seja uma cobertura morta de degradação mais
rápida para liberação de nutrientes a cultura sucessora, utiliza-se o nabo
forrageiro, o amaranto, as mucunas, as crotalárias, o lab-lab, as sojas, o
guandu, o feijão-de-porco, entre outras. A utilização de consórcios com plantas
de diferentes famílias é recomendada como milho e mucuna conseguindo assim maior
proteção do solo e liberação mais rápida dos nutrientes. Outro consórcio, muito
utilizado em regiões de clima ameno, é a combinação de aveia preta, ervilhaca e
o nabo forrageiro, o qual atua como descompactador do solo.
A supressão de plantas
espontâneas por culturas de cobertura pode ocorrer durante o desenvolvimento
vegetativo das espécies cultivadas ou após a formação de material palhoso
(Vidal e Trezzi, 2004). Kliewer (2006) relata que as plantas de cobertura podem
controlar as espécies espontâneas de três formas principais: por meio da
competição que realizam por água, nutrientes, luz e espaço durante seu
crescimento; pela ação alelopática, inibindo a germinação de sementes e o desenvolvimento
de plântulas, liberando substâncias químicas (exsudados) que são
disponibilizadas durante a decomposição, imediatamente após o manejo. Também,
pelo efeito físico dos restos culturais que impedem as sementes das invasoras de
receberem estímulos para sua germinação. Neste enfoque, o cultivo de hortaliças
em sistema de plantio direto assume elevada importância.
A vegetação espontânea
pode ser utilizada como planta de cobertura. Geralmente há predominância de
gramíneas, especialmente no verão. No entanto, há que se observar se estão
ocorrendo plantas espontâneas problemáticas como grama-seda, trapoeraba,
tiririca, losna, entre outras que poderão competir por água e nutrientes
durante o ciclo da cultura principal, invibilizando-a (Alcântara e Madeira,
2008).
O manejo da palha das
plantas de cobertura, em sistemas orgânicos, é realizado pela roçada ou
acamamento com auxílio de alguns equipamentos como roçadeira costal motorizada
e rolo-faca, sem a utilização de dessecantes químicos. Normalmente ocorre no
pleno florescimento, antes da existência de sementes viáveis. Nos casos em que
as plantas de cobertura apresentem alguma capacidade de rebrota (sorgo,
milheto), seu plantio em linha pode facilitar as capinas posteriores,
efetuando-se o semeio ou o transplantio de mudas da cultura principal nas entrelinhas
das plantas de cobertura (Barradas et al., 2010).
A prática da cobertura do
solo com filme plástico também proporciona diversos benefícios ao agricultor e
ao ambiente, dentre os quais o controle de plantas invasoras, menor evaporação
da água do solo e economia de água de irrigação (Branco et al., 2010). Estes
autores recomendam o bagaço de cana-de-açúcar que formou na superfície do solo
uma camada de palha de aproximadamente 35 mm e o plástico de polietileno dupla
face (prateado-preto) de 35 micras, fixado nas bordas dos canteiros com grampos
de arame, como coberturas do solo. Concluíram que os cultivos de alface
americana e de brócolis podem ser realizados nestas duas coberturas do solo sem
prejuízos de produtividade; o tomateiro, a alface crespa, o feijão-vagem e o
repolho foram mais produtivos no “mulching” plástico.
Segundo Silva e Silva
(2007), o uso de algumas práticas culturais como o plantio de variedades
adaptadas às condições edafoclimáticas; uso de sementes de boa qualidade; mudas
com sistema radicular bem desenvolvido; época de plantio, espaçamento e arranjo
apropriados para as diversas variedades; preparo do solo e adubações adequadas,
consegue-se direta ou indiretamente reduzir a infestação por plantas daninhas.
A adoção do sistema de
plantio direto confere uma série de vantagens ao agricultor. Todavia, é
importante termos a consciência de que nem todas as espécies hortícolas se
adaptam bem a este sistema. Diferentemente de espécies como o repolho, tomate,
berinjela, abóboras, entre outras, há espécies que têm como produto comercial
raiz tuberosa ou tubérculos, a exemplo da cenoura, batata-doce e batata
inglesa, e que necessitam de um bom preparo do solo para que haja adequado
desenvolvimento da estrutura a ser comercializada (Alcântara e Madeira, 2008).
Têm sido verificadas
perdas de até 75% da produção do tomateiro rasteiro, ocasionadas por plantas
daninhas (Nascente et al., 2004).
Kieling et al. (2009)
avaliando o controle de ervas espontâneas na produção de tomate em sistema de
plantio direto sobre as palhadas de aveia preta (Avena strigosa Schreb),
ervilhaca (Vicia villosa Roth) e do nabo forrageiro (Raphanus sativus L.) em sistemas de cobertura com as
espécies solteiras ou consorciadas, sem o uso de herbicidas, e uma testemunha (pousio
de inverno) recomendam o uso de aveia + ervilhaca, aveia + nabo, aveia +
ervilhaca + nabo e aveia solteira para a produção de matéria seca de plantas de
cobertura e controle de plantas espontâneas.
Silva Hirata et al.
(2014) constataram que no segundo cultivo da alface
americana em plantio direto na palha de Pennisetum
glaucum, Crotalaria juncea,
Crotalaria spectabilis, Cajanus cajan e Mucuna
pruriens não houve diferença entre os manejos roçado (roçadeira costal
motorizada) ou dessecado (1.440 g i.a. ha-1 de glyphosate) na
produtividade da cultura.
Tavella
et al. (2010) avaliando o desempenho agronômico do coentro em sistema de
plantio direto orgânico sob diferentes tipos de cobertura viva e palhada, e
doses crescentes de composto orgânico, verificaram que o SPD com palhada de
resteva natural proporcionou melhor resultado em todas as variáveis avaliadas
na planta, comparado ao SPD com cobertura viva de amendoim forrageiro e plantas
espontâneas. O coentro respondeu linearmente a adubação orgânica, com
produtividade de 4.554 t ha-1 a 6.542 t ha-1 quando
adubado com 10 a 30 t ha-1, respectivamente.
Silva
(2010) avaliando estratégias de manejo de plantas daninhas sobre a produção de
melancia nos sistemas de plantio direto e convencional, em cultivo sucessivo ao
meloeiro, constatou que o SPD reduziu a densidade e a massa seca das plantas
daninhas e proporcionou produção de frutos superior ao plantio convencional. O
filme de polietileno foi eficiente no controle de plantas daninhas independente
do sistema de plantio. A cobertura morta no SPD e o filme de polietileno permitem
um segundo cultivo na área em sucessão ao meloeiro.
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* Agroecóloga, Técnica em Meio ambiente pelo IF Sudeste de Minas campus Rio Pomba e doutoranda pela UFV.
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