sábado, 8 de agosto de 2009

A INCONSCIÊNCIA ECOLÓGICA

Questionamento 2: comentei que em alguns dias de nossas vidas nos deparamos mais questionadores... e que hoje acordei questionando o modelo de desenvolvimento em que estamos vivendo. Na tentativa de entender, comecei a pensar o modelo educacional e o comportamento das Instituições de ensino e pesquisa de nosso país... e talvez de todo o mundo, particularmente nos itens prioridades e relevância de seus projetos e investimentos em pesquisas. Como ponto de partida, e tendo por base os conteúdos das disciplinas que leciono, perguntei-me: se o mundo evoluiu tanto, com tanta tecnologia e capital disponíveis, por que persiste tamanha miséria e degradação sócio-ambiental?Ao abrir meus e-mails, recebi um artigo do Físico Maurício da Silva enviado pelo amigo Fábio Oliveira (blog: http://fabioxoliveira.blog.uol.com.br/, intitulado "A ENTROPIA NA PSIQUE HUMANA".

Ao lê-lo, penso que respondeu, ao menos em parte, meus questionamentos... como em um fragmento onde retrata a pobreza humana: "O pobre homemóide se vangloria do seu domínio sobre a natureza e sobre o ambiente; graças ao conhecimento e à tecnologia chegou ao ponto que está hoje: viagens extraterrestres, máquinas inteligentes e clonagem humana, coisas artificiais que representam um pseudoprogresso. O homemóide não levou em conta a sua absoluta ignorância de que tudo isto representou um afastamento da ordem natural das coisas, devido à atuação da entropia que atuou a serviço do caos"...Achei bastante interessante a utilização do conceito ENTROPIA, que tanto uso nas aulas de Recuperação de Áreas Degradadas, para uma associação com a nossa sociedade e seus comportamentos... Logo após essa leitura e análise, li outro artigo do mesmo autor... "A INCONSCIÊNCIA ECOLÓGICA"... e verifiquei que os meus questionamentos ficaram mais intensos... Segue o novo artigo:

A INCONSCIÊNCIA ECOLÓGICA, por Maurício da Silva, Físico



Nós, seres humanos, somos responsáveis direta e indiretamente pelo caos na ecologia do planeta, ao colocá-lo em profunda agonia por meio da violência generalizada ao meio ambiente.

Nós, seres humanos, distinguimos dos demais animais pela capacidade de agir sobre a natureza, com um nicho ecológico diferente dos outros nichos dos demais seres vivos. Nós somos capazes de agir sobre os meios naturais, para criarmos o nosso próprio meio. Assim, além de adaptar-se às condições do meio natural, o ser humano adapta os meios naturais às suas necessidades.

A ação de transformar o ambiente está diretamente relacionada com o desenvolvimento das nossas funções orgânicas e habilidades, que caracterizam a nossa condição humana. Com efeito, podemos concluir que o ser humano é inteiramente responsável pelo impacto catastrófico que vem impondo ao planeta; é autor e vítima das conseqüências nefastas deste caos para a continuidade da vida existencial aqui na Terra.

O ser humano se desenvolveu bastante em ciência, mas regrediu em consciência. Tecnologia como expoente da ciência, sem que a base da potência esteja sobre o substrato da consciência, é o caminho mais curto de se chegar ao caos e à morte da vida sobre a Terra.

O ser humano possui atualmente apenas 3% de seu potencial consciencitivo desenvolvido. Com apenas 3% de consciência, onde os alicerces da essência ecológica se apóiam e convergem os homens para as atitudes de preservação da natureza. Entretanto, os 3% de consciência desperta é muito pouco para percepção holística do cosmo, da beleza do universo, da dinâmica sincronizada do nosso planeta.

Para os seres de consciência, a Terra é bela! É parte de si mesmo, e se encantam com os encantos da natureza telúrica. Os indivíduos de consciência ecológica desenvolvida são altamente sensíveis à beleza cósmica de nosso planeta, possuem uma relação de empatia com a Terra; eles sentem-se parte dela, integrados a ela pelo fio da vida, que congrega os diversos para formar o universo. Os indivíduos com apenas 3% de consciência não possuem uma relação dialógica com a mãe natureza. Estes se acham dono da Terra, não percebem a sua inteireza e agem no sentido de destruí-la, subjugá-la em benefício próprio, etc.

É preciso educar o homem do presente, para subsistir no futuro, de maneira integrada à natureza; para se sentir extensão dela e esta, parte de si mesmo, na mecânica holística do cosmos. É preciso educar o homem do presente, para expandir o seu percentual de consciência ecológica e amar mais, e muito mais a mãe natureza. Inculcar no estudante a idéia de que a nossa luta para mobilização articulada em favor da preservação do planeta Terra, se integra à luta pela própria realização da condição humana sobre a superfície do nosso planeta.

As escolas devem proporcionar uma educação revolucionária aos homens do presente, para que estes atuem concretamente no sentido de conciliar progresso e preservação do planeta, evitando assim uma catástrofe apocalíptica. Nossos alunos devem ser educados com uma didática fundamental, que lhes garanta o exercício da cidadania plena e solidária e a aquisição de um conhecimento transcendental, revestido de valores éticos e morais que lhes garanta a formação de uma consciência ecológica da mecânica holística do planeta Terra, embasada na Psicologia Revolucionária que nos deixou o Dr. Samael Aun Weor, um dos maiores ecologistas de todos os tempos, ao lado de São Francisco de Assis e outros tantos.


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